domingo, 27 de setembro de 2009

O futuro das produções literárias

Muito tem se falado da influência tecnológica em nosso cotidiano. Dentro do jornalismo, então, há o temor da internet extinguir os veículos impressos devido à velocidade e a utilização dos recursos de multimídia utilizados neste meio. Com o advento destas novas tecnologias, tornou-se questionável também o futuro dos livros, uma vez que, gradativamente estão sendo substituídos pelos E-books e seus similares. No Japão, por exemplo, é normal encontrar pessoas lendo produções em seus celulares, situação que provavelmente será comum daqui uns anos.

No passado as publicações literárias eram caracterizadas em peles de cabras e demandava tempo até ficarem prontas para a leitura. Com a invenção da prensa por, Gutenberg em 1450, a difusão destas obras tornou-se mais ágil possibilitando que um título fosse facilmente reproduzido. Desta forma, nota-se que desde os primórdios da produção e transmissão de informações, há uma evolução que garante a transformação deste processo.

Os livros agregam três fatores que garantem ainda, sua sobrevivência no mercado: portabilidade, baixo custo e capacidade de ampla e rápida difusão. Porém, estes diferenciais já se enquadram no meio informatizado, uma vez que, o espaço digital agrega estas características, mais atualizadas e dinâmicas. Um exemplo desta amplitude está presente no projeto criado, em 2006, pela empresa Google de digitalizar livros da biblioteca pública de Nova York e de outros acervos importantes do mundo. Só em 2007, foram digitalizados, segundo a The Economist, cerca de 65 milhões de produções literárias.

Em relação aos e-books, principais concorrentes dos livros, armazenam vários títulos literários em apenas um local, e além disso, já possuem versões que disponibilizam o papel eletrônico, ou seja, é um aparelho em formato de livro do qual têm-se a possibilidade de “passar as páginas”. A principal desvantagem dos e-books em relação aos livros, e que atinge diretamente o autor da obra, é quanto a autoria, pois, pode haver, assim como na música, falsificação e o não pagamento destes direitos.

O mercado está em constante transformação devido às novas mídias. Especificamente para os livros, o futuro será encontrá-los em acervos digitais. Não acredito em seu fim, mesmo porque existem pessoas que não o trocam por uma tela digital, mas imagino que grande parte da população trocará suas prateleiras de inúmeros títulos, por um que, armazene todos e que, ainda possibilite ser lido em qualquer ambiente.

Assim como nossas avós não trocam as cartas escritas à mão pelo e-mail, há quem não trocará um livro por um e-book, mas, a próxima geração já estará inserida nesta realidade e não terão o que “trocar”, olharão para os livros impressos como olhamos hoje para a internet discada. Infelizmente ou felizmente é a realidade, evoluímos a cada momento e somos, de certa forma, obrigados a acompanhar estas mudanças.

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