quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eleições "quase" reformadas

Em trâmite pelo Senado, a reforma em campanhas eleitorais, tem deixado as opiniões divididas. José Sarney, presidente da casa, alega que controlar as restrições impostas para a internet vai ser difícil. Já o senador Renato Casagrande (PSB-ES), defende a reforma eleitoral para que o Supremo Tribunal Federal não legisle no lugar do Congresso.

Algumas das mudanças são: na metodologia utilizada por institutos de pesquisas quanto à sondagem pré-eleitoral. Ou seja, deverão seguir alguns critérios definidos pelo IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística). Quanto à internet, os senadores mantiveram a permissão de campanhas aos candidatos à Presidência da República (tamanho máximo de um oitavo de página)

E hoje os senadores analisarão como deverá ser a atuação dos sites jornalísticos quanto à publicidade em seus portais. De acordo com a ementa, é proíbido "fazer propaganda eleitoral de candidato, partido político ou coligação".

Pensando nisso tudo eu me pergunto: Qual a liberdade que queremos?
Vamos querer buscar alguma informação na internet e ao mesmo tempo sermos massacrados pelas propagandas políticas? Ou queremos buscar uma forma de conhecer nosso candidato por livre e espontânea vontade?

Tenho escutado reclamações em relação a estas decisões, tanto de pessoas que trabalham na mídia quanto dos eleitores. Mas por ser um meio de fácil acesso, a publicidade política na internet precisa de limites. Claro que estas regras devem ser impostas para assegurar uma eleição mais "limpa", pois, de outra maneira, os candidatos a utilizariam de forma exagerada. Teoricamente é neste ponto que o Jornalismo entra com sua imparcialidade.

Em alguns aspectos, esta situação trafega contra a liberdade de expressão, tão argumentada pelo presidente e ministro do STF, Gilmar Mendes. Porém, é dessa maneira que ele precisa enxergar que, até para liberdade de expressão há regras. E que nem todo mundo pode fazer o que quer, ou se expressar da forma que bem entender. Afinal, vivemos em sociedade e esta, para se desenvolver corretamente, deve ter um pouco de organização.

Antes da liberdade de expressão, existe, e deve existir, Ética, para tudo e principalmente para a política!

4 comentários:

Donato pierini disse...

Na realidade, tudo isso não passa de uma tentativa de "mordaça". Vivemos num sistema de "ditadura branca", que, se não combatida, invereda pela ditadura extrema... Esse modelo já não deu certo na Russia de Stalin, na Itália de Mussolini e na Alemanha de Hitler. Basta ler "Uma breve bhistória do século XX", para se ter uma idéia de que LUla e o PT seguem o mesmo caminho dos 3 ditadores citados... Como Brasil é Brasil, e, com certeza, aqui, nem ditadura branca há de dar certo, o melhor é aguardar para ver, levando em mente a máxima do Hino Nacional: "...se ergue da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge a luta"...

Renatha Pierini disse...

É isso!!! Aguardar para ver!
Beijos Pai

bruno nobru disse...

oi Renatha, achei muito interessante sua reflexão, há tempos penso ser muito injustas as campanhas eleitorais - as diferenças de espaços e tempos de cada candidato (o que faz voltar a dar entender que com o dinheiro se paga qualquer propaganda..) a falta de ética de certos politicos, advogados, publicitários, etc.. e concordo muito com o comentário acima da "ditadura branca", o termo me recordou a "guerra fria", eu costumava usar "ditadura camuflada".. onde os elementos culturais nos apresentam possibilidades de ser livre, mas a liberdade é toda reprimida e limitada.. mas acredito na força e no espaço democrático que a internet proporciona.. faltam mais blogs e sites com conteúdos críticos que proporcionem debates e ações..
falando nisso, aproveito para divulgar um blog que estou criando sobre eventos e material cultural da cidade de Pouso Alegre:
http://culturadepousoalegre.blogspot.com

Renatha Pierini disse...

Oi Bruno, como sempre seus comentários enriquecem muito! É sempre bom tê-lo por aqui... Quanto ao blog com certeza acompanharei...
Abraços